A ANTRAL vai pedir seis milhões de euros de indemnização num processo contra a Uber, revelou esta segunda-feira o presidente, Florêncio Almeida.
"Vamos pedir seis milhões de euros", disse o presidente da ANTRAL aos jornalistas no final de uma conferência de imprensa, acrescentando que "o processo vai entrar brevemente nos tribunais".
MINISTRO DO AMBIENTE REJEITA CRÍTICAS DOS TAXISTAS
Florêncio Almeida contesta a operação da Uber em Portugal por considerar que é ilegal e promove a concorrência desleal.
Na indemnização que vai ser pedida, a ANTRAL exige também que sejam responsabilizadas as autoridades que não impediram a operação daquela plataforma de transporte privado, tal como tinha sido determinado em tribunal.
GOVERNO LEGALIZA UBER E CABIFY ATÉ AO FINAL DO ANO
Em maio, o responsável disse que o tribunal notificou dessa decisão o Instituto da Mobilidade e Transportes, o Governo, a ANACOM -- Autoridade Nacional de Comunicações, as câmaras de Lisboa, Porto e Coimbra, e as operadoras de telecomunicações".
Nessa altura, o dirigente da ANTRAL afirmou que aquelas autoridades estavam "a incorrer numa coima diária de 10 mil euros".
A Uber, que está em Portugal há dois anos, é uma plataforma 'online' que permite pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros, com uma aplicação para 'smartphones' que liga quem se quer deslocar a operadores de transporte.
Os taxistas reclamam sofrer de concorrência desleal em virtude do quadro legislativo existente, que os obriga a determinados preceitos financeiros e de segurança, por exemplo, para poderem exercer a sua atividade.